Água do TRC

O Partido Socialista já contactou Eulálio Vedor, procurando inteirar-se da sua disponibilidade para umas secções especiais de radiestesia*, durante a campanha política que se avizinha. Eurico de Oliveira quer saber, de uma vez por todas, se o anterior presidente da Câmara Municipal de Lamego, deixou ou não deixou água suficiente para os cubos de gelo do whisky consumido nas longas noites em que se comemoram os sucessivos sucessos das empresas Never-never-Land. Quanto à lampreiada do Rio Coira, confeccionada pelo grande chefe Tenscádisto Serra, para já não vai pedir contas já que sobra meia conta por pagar dos tempos idos. Mas Eulálio Vedor, já fez saber que só aceita a missão se lhe facultarem um iate à prova de água ou uma bóia de trator sem remendos, já que, afirma, quase se afogou ao passar nas imediações do TRC (Teatro Ribeiro da Conceição), valendo-lhe a santa Providência assumindo a forma de Eurico de Oliveira que por ali passava. Mais rápido do que Marcelo Rbelo de Sousa pudesse soletrar, "É. Pinto esse… secretário de Xico Flops e os outros do Mercedes que ardeu e o do jipe escaqueirado mais aquela pedra na calçada, eu bem vos avisei, etc, etc… e por aí fora, fez um barco com as colunas do NaTalha Achado, Desgostinho Barbeiro, do menino Há-Tônho Ferreira, (célebres colunistas do Douro D'ontem), efectuando assim um engenhoso salvamento. Terminando na maior beleza humanamente possível, com a página da coluna do Relógio do Sol, ele próprio, envolveu Eulálio Vedor que, embora muito agradecido confessou que “aquele gajo estava a apertar-me muito e deve ter sentido a minha vara de trabalho porque ainda começou a abraçar-me com mais força; mais uns minutecos e é que ia ser o bom e o bonito". Antes de largar Eulálio Vedor, já em terra firme, Eurico disse que estava com muita pressa para chegar à próxima coluna do Douro D'ontem onde iria escrever umas novidades que iam ser a maior bomba do mundo e na política Lamecense: “ Esta semana vou falar do Mercedes desaparecido, dos cofres vazios, do É. Pinto, Xico Flops e do bem vos avisei”, e pôs-se a andar esfregando as mãos de contente.
Por seu lado, Paulinho das Portas Barradas, o deputado da nação, mostrou-se mais preocupado com a lampreia do rio coira em vias aparecimento e o misterioso nevão que caiu na entrada da CML que servia para disfarçar uma fina placa de gelo muito escorregadia. Foi incapaz de esconder sua indignação ao ver a cidade de Lamego paralisada por causa desses 40 Centímetros de neve! Sabendo da existência desse nevão, também Louro Denso travou uma guerra terrível com o seu homólogo Fanecas Alpeida, pela condução dos trabalhos para a remoção desse pedaço de neve, que, veio a saber-se, tinha sido deixada à entrada da CML por alguém dos lá de cima, onde as coisas parecem andar muito frias. Circula, ainda, por aí um zum-zum que aponta para uma vingança de despeito político. “Zei que a zuzpeita ze zente lixada por não ter zido ezcolhida para altoz vooz municipaiz e por izzo trouxe 5 kiloz de neve na sua carteira Prada, que eztendidinha dá oz taiz 40 cm, e dezpejou-a mezmo a entradinha da Câmara par o Xico Flopz Ezcorregar e ir dezta (câmara) para melhor”, segredou o tal Zum-Zum, confessando ainda não saber em quem votar, se no ZUM-ZUM, se na Neve, no Bem-Tavisei ou na Lampreia do Rio Coira.

Sabe-se que Eulálio Vedor nem precisou da sua vara de oliveira para adivinhar que a factura da água ao consumidor vai mergulhar para preços nunca vistos, isto depois descobrir mais um fluviário no TRC onde se ia de novo afogando. "Não sei é se a factura da água da companhia vai dar para pagar tanta água das companhias que para ali meteram", gorgolejou ainda o pobre Eulálio Vedor.

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*(Detecção de água com o auxílio de uma vara e outros instrumentos)