A Malhação da Campanha Negra

Sócrates, já acalmou a revolta de todos os animais garantindo aos burros que, em caso de vitória nas legislativas deste ano (previstas lá para os finais de Julho), todos os animais serão iguais e, perante tal triunfo, promete ainda mais igualdade para que não reste qualquer dúvida sobre seus valores (inflacionados aquando do seu tempo de ministro do ambiente e da infância da qual ninguém se lembra com a excepção de ser um Zezito muito mentiroso), e ensejos democráticos de comunidade perfeita, assegurando que haverá mesmo uns animais com tão grande igualdade entre si, que chegarão mesmo a ser mais iguais do que outros. “Oferecer, de mão beijada, tanta igualdade, é um gesto apenas ao alcance dos predestinados Ómens Limpos e verticais com as mais humanitárias e nobres intenções”, e, continuando, desta vez em off-record, off-bola e off-jogo, manifestou, atravez de um longo bocejo, a intenção de demitir-se de todas as irresponsabilidades que o miserável povo cultiva, para candidatar-se às legislativas de Julho. A única coisa que actualmente teme é mesmo o Piglet, grande amigo de Pooh, de quem desconfia estar por trás de toda esta campanha negra para o tirar do poleiro e diz mais: “ esse minúsculo porco, ao contrário do que parece, não é cor de rosa mas sim um medonho porco preto que só é bom quando leva massa de alho, flor de rosmaninho, sal e pimenta e regado com um bom vinho branco em azeite”. Dito isto, bateu no peito e soltou um rugido, “I’am a Tiggerrrr”.
Já ninguém tira a ideia ao Zezito que há uma campanha negra contra ele e, sabe-se por aí, que já há pressões no sentido de eliminar a claque da Académica de Coimbra, acabar com os fumos dos órfão e o luto das viúvas carpideiras, que, segundo Vitalino Canas, são do piorio e dão um azar dos diabos. Pedro da Silva Pereira até já contratou o Mickey Mouse e o Tide, especialistas em derrotar manchas e nódoas negras, respectivamente.
Quanto ao caso Free Port, Zezito S, numa passagem rápida pela tasca do envenenado e disfarçado de terrorista prontinho a desferir um atentado à inteligência do mais comum dos cidadãos, garantiu que está tudo bem encaminhado e até soltou uma gargalhada um tanto ao quanto apaneleirada!!... Dito isto, antes de explodir e pôr-se a andar, pediu um “penalti” de tintol especial da casa para um amigo seu que estava mesmo a chegar e adora malhar a torto e a direito.
A verdade é que em vez do amigo de Sócrates, apareceu foi Eulálio Vedor com a sua varinha em riste a apontar para o copo cheiinho. Foi daqui, da tasca do envenenado, que partiu a versão original da malhação atribuída ao Bombista suicida Augusto Santos Silva, de quem se desconfia pertencer à ala Sado-masoquista da Mal-Caída (versão portuguesa da Al-Qaeda doméstica). Depois de emborcar meia dúzia de penaltis de fundo de ragafão, Eulálio Vedor confessou: “ Eu cá gosto é de malhar na minha Maria quando o Benfica perde e gosto de malhar com especial prazer nesses sujeitos do Sporting e do Porto que se situam de facto à direita do glorioso, e depois, volto a malhar na Maria ainda com mais prazer!”, de peito feito, apontou a vara e lá descobriu mais dois penaltis e mamou-os, dando-lhe força para concluir, dizendo que “os lagartos são as forças mais reaccionárias e os maçaricos azuis as mais consevadoras que eu conheço e que gostam de se armar em paneleiros do povo”. Entretanto havia chegado Augusto Santos Silva à entrada da tasca do envenenado, mas, ouvindo o desabafo do Vedor, ficou-se pela sombra da porta a ouvir o didáctico discurso do Eulálio, pelo que já nem quis saber do tintol, pondo-se ao fresco e a seco, para o tal encontro de Socialistas no Largo do Rato onde acabou por plagiar o discurso do nosso conterrâneo, que por acaso ainda está a recuperar da sua própria morte por envenenamento após uma fraude de afogamento ilícito em Lamego.