A carro dado...

O Mestre da Memória

SCL (Sporting Clube de Lamego)

Caros sócios e simpatizantes deste grandioso e histórico clube, o nosso S.C.Lamego, o muito obrigado por sempre nos apoiarem nesta caminhada , que tem sido dura, e envolta de grande polémica. Todos vós estão informados pela comunicação social, do que este clube está a passar, por isso nós os jogadores, equipa técnica, equipa médica e funcionários deste clube, vimos por este meio, informar os nossos sócios da posição por nós tomada. Nunca foi nossa intenção deixar mal este histórico clube, que tantas alegrias deram á sua massa associativa, sabemos que todos os clubes têm as suas dificuldades financeiras. Temos a perfeita noção, que tudo fizemos para ter da parte da direcção demissionária todo o respeito, mas quando sentimos que da nossa parte tudo é feito para alcançarmos resultados e não vemos expressado por parte da direcção a sinceridade o respeito que nos é devido, não temos outra maneira senão expor a nossa indignação. Decidimos todos no jogo frente ao Parada, alertar os sócios para o que estava a acontecer, a chegada ao estádio foi retardada, mas ao mesmo tempo calculada para que o clube não sofresse qualquer tipo de multa, a equipa á hora do jogo estava preparada a tempo e horas para jogar. Perante este acontecimento e a pedido da direcção demissionária foi agendada uma assembleia-geral do clube, onde entre vários assuntos foi apresentada a demissão dos directores e do presidente do S.C.Lamego, que para o efeito se baseou no atraso da equipa ao jogo com o Parada, manifestando o seu desagrado e dizendo que os jogadores não deixaram outra alternativa senão a sua demissão. Não queremos alimentar guerras, não queremos culpar ninguém, apenas pedimos apoio, respeito e transparência na resolução dos problemas. Existe na verdade atraso no pagamento de salários (3 meses), em alguns casos até mais ,mas não foi essa a razão mais forte para o nosso comportamento, na verdade a abordagem feita ao problema pela direcção demissionária não foi a melhor , o que nos levou a comparecer numa segunda assembleia onde todos os jogadores compareceram , e para espanto nosso , ninguém, da "verbal" demissionária direcção, apareceu para esclarecer o plantel sobre o que se passa . Sempre fomos unidos, decididos, compreensivos, tudo em prol do clube que representamos, por isso e para isso decidimos continuar, tendo já no último jogo frente ao G.D.O.Frades sem directores a equipa se apresentar em autogestão, tendo para o efeito alguns jogadores assinado as fichas de jogo.
Não queremos ver este grande clube acabar como muitos pensam, queremos sim, continuar a escrever o seu nome nas páginas do futebol, pedindo com todo o respeito o vosso apoio.

Equipa de Futebol, Equipa técnica, Equipa médica e Funcionários do S.C.Lamego.

Este comunicado, foi distribuido pelos jogadores nas bancadas no jogo frente ao Tarouca.

Carnaval da ACRE e (a)Posta de Bacalhau

Pela primeira vez, o carnaval brasileiro foi patrocinado por uma pequena Associação, que tem vindo a crescer a copos vistos. O que muitos apelidavam maldosamente de “A Tasca do Envenenado”, graças ao esforço do seus órgãos directivos, que tudo têm feito para que a ACRE (Associação Cultural e Recreativa “do bairro da Ponte”) seja reconhecida, não só em Portugal, mas em todo mundo. A argúcia, a tenacidade e intelecto empresarial revelado pela cúpula dirigente desta associação, através de um esforço sem precedentes, logrando as incidências da crise financeira actual, investiu no patrocínio do maior espectáculo do mundo, o Carnaval Brasileiro, acabando por arrasar a feroz concorrência das TASCAS da ESPANHOLA, 21, AGOSTINHO, TAPA, NUNO, CASA FILIPE, ADEGA MATOS, ADEGA PIPO, TASCA DO VICTOR, e até da Churrasqueira Carvão, Casa do Benfica de Meijinhos e um barril de finos que costuma ir ás festas dos Santos padroeiros. Sabe-se que o próximo investimento vai ser em papos d'anjo recheados com óxido de ferro e escama de bacalhau, caldinhos de coalhada e na licença de exploração de bar e snack e ainda numa ventoinha de sucção virada para o alçapão secreto que veio substituir a já ultrapassadas frinchas por onde, antigamente, desapareciam as moedinhas; desta forma, o fumo dos não fumadores será expelido directamente para os fundos até às águas do rio, mesmo ali ao pé. Se dúvidas houvesse sobre a capacidade criativa do conselheiro da associação, vejamos a perspicácia empreendedora da criatura: “...quanto ao fumo do tabaco fumado pelos pinguços, vamos canalizá-lo para um reservatório junto ao rio, ali mesmo debaixo da ACRE, onde será aberto outro espaço de lazer, mais ou menos subaquático, onde se poderão gozar os prazeres de umas fumaças no cachimbo de água. Aliás, até já contactamos o Sr. Uno e indivisível e o seu secretário Tolinho, que nos revelaram inteira disponibilidade para a divulgação deste meritório espaço que ele imagina bem no fundo do rio”. Na verdade, o arrendatário do Café Chamariz, confirmou toda a sua boa vontade e revelou que até “Já contactei um amigo na ASAE que vai tratar da divulgação do cachimbo de água, gratuitamente, o que penso ser um empurrãozinho para que aqueles bons samaritanos se safem lá debaixo d’água, que ouvi dizer ser até bastante fundo”.
A própria CML (Câmara Municipal de Lamego) vai apresentar na próxima Assembleia Municipal uma proposta que visa a privatização da corrente máxima das águas do Rio Balsemão e respectivos calhaus mais marcantes na história das gentes do Histórico bairro da Ponte, Lamego. “São calhaus onde está gravada a nossa memória de infância”, dizem uns, enquanto outros, ainda mais apegados passado, realçam as marcas que esses calhaus lhes deixaram na tola: “olha aqui, esta cicatriz, foi naquele calhau, esta aqui… foi no outro calhau”. Não é de admirar que quase todos tenham uma ou outra marca provocada pelos calhaus daquele maravilhoso rio onde a água corre para baixo, característica única que não escapou ao olhar atento do taberneiro nº1 da ACRE, adaptando imediatamente a ideia na “Tasca do Envenenado”, aplicado a técnica natural do percurso das águas à baga servida ao balcão. Não foi fácil adaptar o sistema, não senhor, mas o 2º taberneiro, verificando que o vinho não corria para baixo sozinho, teve a iluminada ideia de tentar a coisata com a ajuda de um copo!... E não é que resultou?!!!... Constatou-se que quanto maior é o copo maior e mais forte é a corrente do vinho por ali abaixo. O 3º taberneiro da associação já segredou que vai propor ao taberneiro honorário Presidente Xico Flops, também a privatização das correntes de vinho e tentar mesmo a exclusividade do uso do copo. O próximo passo vai ser a exclusividade do escoamento de vinhos de baixíssima qualidade e mesmo de tudo que se pareça com o etanol.
“Aviso já que os sulfitos são vendidos em separado, por isso se querem desoxidar só com a vinhaça, esqueçam porque aqui não há vinho pra malucos”, advertiu o 4º taberneiro, enquanto brandia cartõezinhos feitos com sais de ácido sulfuroso. Percebe-se agora porque se vêem cada vez mais pinguços a beber uns penáltis e logo a seguir dão uma lambedela no cartão!... “Ora, como os pinguços têm medo de ficar oxidados e por isso perderiam a mobilidade que lhes permite fazer a ronda pelas tascas, não bebem vinho sem sulfitos, por isso se querem estar à vontade, têm que comprar também o cartão”, explicou ainda o 5º taberneiro. “O problema é que o nº de viciados em sulfitos tem vindo a aumentar quase ao ritmo do escoamento da mistela que eles acham ser vinho!...”, desabafou o 6º taberneiro que até se arrepiou enquanto dizia que por aquele andar, ainda teriam que começar a vender vinho feito de uvas!.... “É que, por estes lados, já não há ninguém que saiba fazer isso, e comprar vinho autêntico não dá lucro nenhum!...”, disse ainda o 7º taberneiro.
A ACRE, através do 8º taberneiro, aguarda impacientemente os campeões carnavalescos para lhe entregar, publicamente, o prémio conquistado. A posta de bacalhau demolhado esta lá reservada na bacia plástica em cima do balcão onde já centenas de mãos dos curiosos puderam verificar a textura do fiel amigo. Na mala preta aguardam os sulfitos em forma de cartão de sócio, prémio de consolação para os restantes classificados.
Tal como prometido, a inovação foi uma bandeira brandida pela nova direcção e o 9º taberneiro já confidenciou a contratação de uma jovem com olhos azuis, peitos fartos e cinta fina, para serviço atrás do balcão e, casualmente, serviço de mesa e de quartos. Esta informação foi confirmada pelos 10º, 11º, 12º, 13º e 14º taberneiros que, juntos com os jogadores de cospe e sueca, aprovaram a iniciativa dos restantes taberneiros. A rapariga que apresenta as qualidades consideradas perfeitas pela direcção da ACRE, sente-se a mulher mais feliz do mundo por não ter sido tratada de maneira diferente. “Nós gostamos dela exactamente pelo que ela é, apesar das falhas constantes aqui na caixa da tasca do envenenado”, revelou o 44º taberneiro, terminado dizendo que "ela tenta superar-se a ela mesma e a sua presença é uma inspiração para todos nós. Até o Dr. Guy D’Adega e o Dr. Ákim Pousa vem cá inspirar-se de vez em quando! "
Mas, o mais certo, é a ASAE multar a ACRE por não ter um local de reunião para os venenosos de fim da semana que por ali passam. Foi a própria direcção da ACRE a queixar-se dela mesma por permitir que os suspeitos blogueiros manhosos estivessem misturados com aqueles que fazem fretes aos chefes, sem que paguem qualquer coima!