sábado, 27 de setembro de 2008

SERENO!

Karaoke

Karaoke (Deb)

Sr.da Pedra (Embora que se faz tarde)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

domingo, 21 de setembro de 2008

sábado, 20 de setembro de 2008

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

GAZOLINEIROS

No bairro Verde da Esperança

Se Alguém ainda tinha dúvidas sobre a Capacidade de aperfeiçoamento vocal deste Grande Artista, apenas ouçam e comparem.

domingo, 14 de setembro de 2008

As Bodas de Fígado








A ópera cómica de Wolfgang Amareus Mozadt, vai ser reescrita para que possa ser adaptada aos profissionais da videira que frequentam os melhores palcos “tavernícolas” desta pequena cidade de artistas há muito em vinho d’alhos. Vai ser uma produção 100% nacional, apesar do trabalho de composição integrar personagens como “TF” e “T” (Touriga Franca e Tempranilho, também conhecida por tinta Roriz ou Aragonez), que substituirão o libreto de
Lorenzo da Ponte (Emmanuele Conegliano) mas que continuará a ter como base a peça homónima de Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais; a "TP (Touriga Portuguesa) participará no novo libreto que será gravado a tintol de pena. Para não haver quezílias entre os actores que, sendo excêntricos e sem confiança no(a) taverneiro(a) estão sempre com a ideia de que o seu copo de vinho é menor que o do vizinho e o vinho do vizinho é melhor do que o do seu copinho, o elenco vai ser alargado a umas largas dezenas por cada actor principal da peça original, sem contar com as centenas de figurantes que cumprirão o seu papel a preceito não deixando os copos em mãos alheias, o que devia obrigar os vinicultores da região a patrocinar as
Bodas de Fígado.
Os papéis principais a atribuir estão a provocar violentas discussões de taverna, provocando comportamentos esquinados em alguns dos pré-seleccionados que até têm diminuído significativamente o abuso do álcool, denunciando uma artéria apática e até mesmo antipática em vez de uma artéria hepática, o que tem levado o fígado a mostrar-se pouco simpático, pelo que se teme a perda das qualidades desejáveis para o efeito burlesco da trapalhada.
A acção vai desenrolar-se na tasca da condessa de Almaviva (noiva do Conde de Almaviva, um canibal de maus fígados que quer comer a mulher de Fígado), algures entre uns chispes suinos em vinagrete e um transplante hepático sem esperança. A escolha de um fígado para o papel de Fígado não está a ser nada fácil e há mesmo quem duvide dessa possibilidade. No entanto, sabe-se que Amareus Mozadt, já em 1785 enfrentou o mesmo problema e ponderou mesmo a substituição da maior glândula do corpo humano, por um órgão qualquer que contracenasse com Susanna Todaboa (noiva de Fígado) mas, entre uma cirroses e umas hepatitesitas, lá se conseguiu arranjar um produtor da família, o primo Pâncreas (bem sucedido empresário do ramo da insulina) que aguentou a ópera até ao fim. Depois das Bodas de Fígado, sabe-se que ficaram esgotadíssimos e desapareceram; há quem diga que os viu alojados na carcaça de "Eulálio Icterício" (da família dos Eulálios), que ainda hoje almeja a esperança ser escolhido para o papel de Conde de Almaviva continuando a actuar empenhadamente nas tascas de sempre, apenas parando de enfrascar para emborcar mais um copo. Infelizmente, a maior comunidade de dadores de Fígados não se encontra por estes lados, visto que já poucos o têm e os que ainda acham que o têm não o encontram, encontrando-se, no lugar dele, todos os órgãos menos esse responsável pela conversão de proteínas e gorduras em glicose na medida certa. Amareus Mozadt, demonstra nesta sua ópera que as células até podem morrer de fome, e de amores, pela glicose acumulada no sangue e na urina, a Diabetes Melitus, (interveniente não visível na ópera conhecido também por ponto devido à assiduidade com que todas as manhãs cumpria o ritual diário na sua tasca preferida onde picava uma meia-dúzia de pontos de 30 e tal CL de TT, T e TP, bem combinados).“mas de sede é que elas não morrem”, garantiu um taverneiro, especialista nestes órgãos e em consequências dos derivados, assegurando que "no final tudo acaba numa festa dos "diabos" para as almas vivas.
***Parece haver uma relação directa entre a troca de algumas consoantes no nome de Amadeus Mozart por Amareus Mozadt, Fígaro por Fígado e alguns danos cerebrais provocados pelo excesso de tintol.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

terça-feira, 9 de setembro de 2008

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Amor, Outro Ponto de Vista


Noite após noite,
Dia após dia,
Perdido por ti algures entre coisa nenhuma;
Noite após noite,
Sem dias após dias escondidos, a levedar,
Noites após noites!


Amor!...
Numa queda sem fim,
Até te encontrar,
Até esquecer-me de mim,
Não após não,
Sim, após sim,
Apenas Amor,
Sem dor,
Apenas coração!














Amor é viver,
Saber como o fazer,
Amor sou eu,
Neste esbelto corpo que é meu;
É a força do querer,
À submissão do meu poder,
Que pensas ser teu!

Amor é falsear, enganar, conquistar,
É o Ser!...
Amor é morrer!...
É desistir de mim, é…
É sentir e ser sentido,
Sacrificar o teu mundo,
Esquecer um Amigo!...

Amor?!...
Não chega a tanto,
E é mais do que tal,
É veneno nas veias,
É açúcar no sal,
Uma mosca a tecer teias,
Aranhas de pedra e amantes de cal.

Complacente com a placenta,
Que não assenta,
Na minha silhueta acentuada?!...
Não!... Tenho uma placenta em ti,
A aguardar minha consciência de mim,
Que eu Amo até ao fim;
Amo amar-me,
Amo-me mais ao que podes dar-me,
Amo demasiado, no espelho, as medidas certas,
Para poder Amar o Amor que despertas!

Será Amor verdadeiro,
Isto que sinto pelo dinheiro?...

Como amar-te se não vais existir,
Como amar-te, decisão minha tomada,
Como amar-te, se não pudeste resistir,
Como amar-te, “coisa” condenada?!...
Meu amor sou eu, oferecendo agenesia,
A liberdade conquistada,
Noite após noite, dia após dia.
Como amar-te se o amor que ficou,
Se regenera por cada “queca” que dou?!...

Será amor verdadeiro,
Isto que sinto pelo dinheiro?...

Amor?!...
Não chega a tanto,
E é mais do que tal,
É veneno nas veias, É açúcar no sal,
Uma mosca a tecer teias,
Aranhas de pedra e amantes de cal!




Amor?!...
Eu amo o vinho!...
Bebo um copo,
Bebo dois,
Bebo três,
Envinagrados, retintos e carrascões,
Feito à martelada, Vomitado de borrachões,,
Nele me afogo trinta dias por mês,
Não me importo com opiniões,
Viro um garrafão de uma vez!
Nele sou tudo que me apetece
Bebo quanto vinho aparece.

Só minha sede não bebo,
Só minha sede não bebe!...

Eu amo a cerveja,
Bebo uma, duas, três,
Bebo quanta cerveja quiser;
Afogo-me em aguardente
Bebo quanto álcool vier,
Bebo, sôfrego, repetidamente,
Seja o que Deus quiser!

Só minha sede não bebo,
Só minha sede não bebe!...

Bebo do cálice que se segue,
O meu Amor que não durará,
Fito a caneca que beijarei,
E a minha sede se apaixonará,
Mas a sede não matarei,
Minha sede sobreviverá!...

Só não resiste minha sede,
Na água pura de cristal,
Água fresca que não vejo,
Água fresca que não há,
A água fresca que eu desejo,
Amor louco que me matará.

Amor?!...
Vai sempre mais além,
É mais do que tal,
Não é veneno nas veias,
Não é açúcar no sal,
Não é uma mosca a tecer teias,
Nem aranhas de pedra e amantes de cal.

É, acima do que fantasias, o esplendor,
Não do que compreendes, mas...




terça-feira, 2 de setembro de 2008

Vendedores de Ideias


As Autárquicas de 2009 já começaram a estimular algumas piolheiras mais adormecidas dando origem ao aparecimento dos mais diversos lagos, rios e mares de ideias; de todas, a mais interessante parece ser a posta em prática por alguns Presidentes de Junta de Freguesia, que depois de palpites e dicas oferecidas aos Presidentes das autarquias vão montar umas bancas de vendedores ambulantes por indicação de palpite autodidático.
Demalapior Noreira, líder da comissão política do PSD de Lamego, confrontado com tal abundância de “almas-de-sabichão” vai tomar uma decisão que contraria a estratégia alinhavada previamente em bainhas de fio dental. Terminado o solstício de Verão, esse longo dia de luz radiante, Demalapior vai pôr à prova a capacidade de improviso ideológico e fidelização dos candidatos a candidatos, durante a longa penumbra da primeira noite do solstício de Inverno. Cada Candidato a candidato deverá montar uma banca que, apoiada sobre umas frágeis cangalhas, deverá vender o máximo número de ideias que reverterão a favor do Partido. Alguns desses Candidatos já se dispuseram, oferecendo o corpo ao manifesto, a ser a própria banca enquanto outros, denunciando habilidades demasiado avançadas para principiantes, garantiram que nessa decisiva noite fria de Inverno serão eles as próprias cangalhas que, tal como os "transformers", se transformarão, para o efeito, em tapetes vermelhos sobre os quais os Autarcas, fiscais e engenheiros terão muito gosto em passar sem sujar a solinha do sapato. Serão contratadas vénias-surpresa, e beijinhos de arremesso pagos pelo bolso do próprio. Alguns desses candidatos, já traquejados no assunto, embora sem a sofisticação dos "transformers", em vez de uma banquinha já começaram a montar umas banconas que dão, duas ou três vezes, a volta à cabeça dos desmiolados. Mas parece que nem todos se regem pelas regras de bom comportamento e as queixinhas que vão aparecendo acusam mesmo alguns de “Estar a vender duas ideias pelo preço de uma, enquanto outros, bem protegidos, na venda de uma pobre ideia oferecem dois palpites!”
Demalapior Noreira advertiu os não filiados que, no caso deles, duas meia ideias não bastam para fazer uma nem ideia nenhuma do que eles pretendiam, pelo que deviam retirar-se do mercado; “Ora, para um bom grande idiota meia ideia basta”, deu a entender um dos membros da comissão política do PSD. No entanto, como o fornecimento a alguns dos actuais fregueses idiotas tem falhado, esses beneméritos querem que os seus palpites sejam reconhecidos e aceites como ideias, pelos autarcas que não conseguem decifrar qualquer ideia no conteúdo dos vazios propostos. Algumas ideias, ganhando vida própria, até já se juntaram para estudar novas ideologias políticas capazes de contrariar a tendência, cada vez mais clara de fazer passar a figura dos Presidentes de Junta por idiotas ao que em surdina chamam de Palpiteiros de Estado.
Demalapior, também montou a sua banquinha no escritório da sede onde tem expostas as ideias da comissão e, fala quem viu, que aquilo só podia sair de uma cabeça idiota. A verdade é que a pouco mais de um ano das Autárquicas, os palpites já começaram a transformar-se em dicas e estas em fracas ideias mas, pelo processo evolutivo, - como dizia o outro, - essas recicladas ideias tendem em transformar-se em ideias fortes que ganham cada vez mais raiz na mioleira de alguns idiotas que estão a pressionar o maratonista Xico Flops a filiar-se no laranjal cá do burgo. “ A ideia até que nem é má”, reconheceu Xico flopes, carregadinho de malas de viagem atestadinhas de outras ideias, “mas a minha ideia é outra”, acrescentou tornado evidente que “é preciso estar receptivo a novas ideias, mesmo que algumas delas até sejam de uma idiotice confranjedora!” , terminou segredando para as ideias que levava na bagagem que, enquanto as dicas e palpites se fossem vendendo, seria o maior idiota se aceitasse a ideia de filiar-se numa espécie livro em branco daquela cor. Se as ideias de ir para outras paragens se esgotarem, ver-se-á se as dicas e palpites ainda darão algum lucro neste circo de idiotas.
O solstício de Inverno aproxima-se!