sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Amor, Outro Ponto de Vista


Noite após noite,
Dia após dia,
Perdido por ti algures entre coisa nenhuma;
Noite após noite,
Sem dias após dias escondidos, a levedar,
Noites após noites!


Amor!...
Numa queda sem fim,
Até te encontrar,
Até esquecer-me de mim,
Não após não,
Sim, após sim,
Apenas Amor,
Sem dor,
Apenas coração!














Amor é viver,
Saber como o fazer,
Amor sou eu,
Neste esbelto corpo que é meu;
É a força do querer,
À submissão do meu poder,
Que pensas ser teu!

Amor é falsear, enganar, conquistar,
É o Ser!...
Amor é morrer!...
É desistir de mim, é…
É sentir e ser sentido,
Sacrificar o teu mundo,
Esquecer um Amigo!...

Amor?!...
Não chega a tanto,
E é mais do que tal,
É veneno nas veias,
É açúcar no sal,
Uma mosca a tecer teias,
Aranhas de pedra e amantes de cal.

Complacente com a placenta,
Que não assenta,
Na minha silhueta acentuada?!...
Não!... Tenho uma placenta em ti,
A aguardar minha consciência de mim,
Que eu Amo até ao fim;
Amo amar-me,
Amo-me mais ao que podes dar-me,
Amo demasiado, no espelho, as medidas certas,
Para poder Amar o Amor que despertas!

Será Amor verdadeiro,
Isto que sinto pelo dinheiro?...

Como amar-te se não vais existir,
Como amar-te, decisão minha tomada,
Como amar-te, se não pudeste resistir,
Como amar-te, “coisa” condenada?!...
Meu amor sou eu, oferecendo agenesia,
A liberdade conquistada,
Noite após noite, dia após dia.
Como amar-te se o amor que ficou,
Se regenera por cada “queca” que dou?!...

Será amor verdadeiro,
Isto que sinto pelo dinheiro?...

Amor?!...
Não chega a tanto,
E é mais do que tal,
É veneno nas veias, É açúcar no sal,
Uma mosca a tecer teias,
Aranhas de pedra e amantes de cal!




Amor?!...
Eu amo o vinho!...
Bebo um copo,
Bebo dois,
Bebo três,
Envinagrados, retintos e carrascões,
Feito à martelada, Vomitado de borrachões,,
Nele me afogo trinta dias por mês,
Não me importo com opiniões,
Viro um garrafão de uma vez!
Nele sou tudo que me apetece
Bebo quanto vinho aparece.

Só minha sede não bebo,
Só minha sede não bebe!...

Eu amo a cerveja,
Bebo uma, duas, três,
Bebo quanta cerveja quiser;
Afogo-me em aguardente
Bebo quanto álcool vier,
Bebo, sôfrego, repetidamente,
Seja o que Deus quiser!

Só minha sede não bebo,
Só minha sede não bebe!...

Bebo do cálice que se segue,
O meu Amor que não durará,
Fito a caneca que beijarei,
E a minha sede se apaixonará,
Mas a sede não matarei,
Minha sede sobreviverá!...

Só não resiste minha sede,
Na água pura de cristal,
Água fresca que não vejo,
Água fresca que não há,
A água fresca que eu desejo,
Amor louco que me matará.

Amor?!...
Vai sempre mais além,
É mais do que tal,
Não é veneno nas veias,
Não é açúcar no sal,
Não é uma mosca a tecer teias,
Nem aranhas de pedra e amantes de cal.

É, acima do que fantasias, o esplendor,
Não do que compreendes, mas...




4 comentários:

Anónimo disse...

De putas e bêbados está o mundo cheio. Não deixa de ser interessante esta abordagem ao fenómeno do álcol e prostituição de luxo.
É possível debatermos este assunto e outros noutros espaços mais físicos como num café etc.
Eu não vejo a questão do amor da maneira que o senhor diz, porque isso quando fala do amor pelo álcol, isso não é amor mas sim paixão e vício. Não penso que o amor seja um vício. Sexo, para além de natural pode ser víciante e estragar muitas vidas.
Acho que também se subentende o tema do aborto e barrigas de aluguer das senhoras que não querem estragar o corpo, mas a vida não tem preço.
Desculpe ocupar tanto espaço mas não pretendo ser mais do que os outros, apenas gosto de expor o meu ponto de vista e cada u mtem o seu.
Obrigado pela oportunidade.

Anónimo disse...

Estão a falr de quê?
Dai umas quecas que isso passa. Isso é que é amor.

Anónimo disse...

Esta poesia é do livro escrito por 26 autores com o título "Amor razão maior" em homenagem a Fernando Quintela (1924-1995), Gentil Guedes Gomes (1896-1970) e Viriato Lemos (1916-1971).

Anónimo disse...

Eu tenho esse livro e estive no seu lançamento mais o Porf. Marado