domingo, 27 de abril de 2008

História de Pescador


Nova espécie de peixe descoberta no Trancão é história de pescador.

Quem o garante é o Mestre Pesqueirinho, que vai mais longe e acusa Hugo Gante de nunca ter visto um peixe e achar que carapaus em molho de escabeche são lombinhos de porco a nadar em azeite galo. E diz mais,"Essa boga raquítica, que esses senhores dizem ter descoberto, não passa de uma infeliz que eu pesquei mais de 500 vezes à mais de 30 anos, com o mesmo anzol, na barragem que fazia-mos no calhau da areia. lembro-me que essa boga foi apanhada, ainda ovo, porque pensávamos que aquilo era uma almôndega que iria crescer se fosse alimentada com água da "barragem" onde todos mijavam lá de cima do calhau, para simular grandes cheias. Claro que essa amostra de boga não é bem certa e é por demais enfezada, mas pelos vistos, agora está mais esperta com isto tudo das televisões e blogues e, de alguma forma, arranjou maneira de aparecer no rio Trancão e piscar o olho àqueles três papalvos ávidos de uma boa sardinha". Segundo Mestre Pesqueirinho, mal viu a fotografia da "puta do caralho" (nome com que a baptizou naquelas águas depois de o fazer perder mais de 500 trutas de grande porte), reconheceu-a de imediato e, confessa, "até senti um baque no coração!... À primeira vista não parecia ela porque parecia muito triste com aquela beiça descaída mas aquelas tatuagens em forma de escamas não enganam ninguém, pois fui eu que lhas fiz com um anzol de truta desde a 1ª vez que a pesquei, e, - assegurou, - vou escrever para esssa tal revista científica (Zootaxa), para contarem as escamas e confirmarem como ela tem mais de 500, exactamente o nº de vezes que a pesquei. O mundo saberá de uma vez por todas que essa "Chondrostoma Olisiponensis" (truta de Lisboa) não passa da "puta do caralho" do calhau da areia que, não sei como, desapareceu do rio Balsemão. Apesar do estado conservado, que desconfio ter sido obtido à custa de muitas plásticas numa fábrica de conservas, essa boga velha já tem mais de 30 aninhos no papo. Embora pareça ter sangue na guelra, não engana ninguem", concluiu. A certeza desta alegada fraude é igualmente confirmada por Pietro Gambito, observador atento de trutas e lampiões, que confirma de igual modo, a mesma idade da polémica boga. "É verdade que essa boga é natural do rio balsemão, mais concrectamente da barragem do calhau da areia, ali ndo rio da Ponte, em lamego. Foi com grande surpresa que vi a fotografia dessa boga num jornal online que recebo aqui na estranja via pombo- correio. Só não gostei foi da fotografia que estamparam já que só mostram o lado do Mestre Pesqueirinho; é que do outro lado da boga tatuei o meu nome debaixo das escamas verdadeiras com o garfo de um canivete suiço. E isto é que ninguém sabe, pois esta boga só tem escamas verdadeiras de um dos lados. Na verdade esta boga chama-se Maria da Luz, porque a primeira vez que a pesquei ela vinha dentro do tal lampião aceso em que ninguém acredita e, acho que foi amor à primeira vista pelo que voltei a pescá-la mais de 700 vezes naquele verão de 80. Mas agora percebo o jogo dela: caía no meu anzol mas por trás mordia o isco do Pesqueirinho. Portanto,não me admira que agora tenha aparecido no rio Trancão a enganar aqueles três observadores de pássaros, que pensam ter descoberto uma virgem numa casa de alterne".
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